segunda-feira, 11 de outubro de 2010



Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Álvaro de Campos



Talvez, só talvez…
Talvez, quando o tiquetaque dos relógios estiver em sintonia e fizer coro com os sons do mundo…
Talvez, quando o despertar do ser humano for unânime…

Talvez, quando o levantar das águas tocar nas almas das gentes perdidas…
Talvez, quando o pensamento dos Homens deixar de cheirar a mofo…
Talvez, quando não trouxermos as mãos criadoras sujas de lodo…
Talvez, quando as amarras do Sentir deixarem de sufocar o meu coração…
Sim, talvez, só talvez, um dia eu regresse…
Até lá, resta-me apenas viver igual a todos, igual a nenhuns.
Viverei, portanto, como intrusa na massa informe, escura e fria.
Adormecida no Silêncio e na utopia inocente de um mundo de cor, de luz e de Razão…
Enrolada na teia da inveja de todos aqueles que amam a alma e não o corpo que a faz prisioneira…
Não existo…
Ainda não nasci…
Mas sim, talvez um dia…

Rita Oliveira
11.10.2010

4 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

prestando alguma atenção,poderemos chegar á conclusão de que em determinados momentos o tique-taque dos relógios está em harmonia com o nosso coração e com o mundo. E, embora sempre tenham existido e venham a existir gentes perdidas,bem como pensamentos com cheiros nauseabundos, existem paralelamente a estas, gentes que sonham e que se encontram, pensamentos com cheiros a primavera, a brisas marinhas e á mistura de chuva com a terra aquecida pelo astro rei. Terra á qual pertencemos e que mal estará quem se esquecer desta mãe. De certo que pertencemos aos que não se esquecem. Beijinhos!!!

11 de outubro de 2010 às 22:27  
Anonymous Anónimo disse...

tudo o que ao teu lado vivi,ficara para sempre sempre comigo, num cantinho secreto, protegido, onde ninguem pode chegar.

contigo, tudo passa, tudo cura,
contigo a amizade e bem pura.
nao quero, nao consigo, nem tento
dizer adeus a tudo
mais dias virao, uns melhores e outros nao.
o meu feitio nao é facil, eu sei e admito-o. mas e o unico que tenho e por mto q tente nao da para mudar.
a tua amizade e muito para mim, e espero que permanece por um looooooooooooooooooooooooonnnnnnnnnnnnnnnnggggggggggggggggggooooooooooooo periodo de tempo!!
bga por aturares os meus amuos repentinos, o meu silencio, por me aturares em geral.
OBRIGADA por fazeres parte da MINHA VIDA!!!!

9 de novembro de 2010 às 16:15  
Anonymous Anónimo disse...

carin!!! (esqueci de assinar, sorry).

9 de novembro de 2010 às 16:16  
Anonymous Anónimo disse...

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

O sonho, a irrealidade da realidade, criando a realidade insignificando a irrealidade.
No entanto demonstrando o nosso coração, a nossa realidade. O que quere-mos ser? apenas matéria? Ou um ser capaz de amar? O que iremos ser? Só o nosso amor irá revelar.

Decidimos o que somos, tal como somos o que decidimos. Uma filosofia reversamente irreversivel. Confusa? Acredito...

Os teus textos tocam.me no coração, estou radiante.
Só lamento ter que o expressar assim.

26 de dezembro de 2010 às 01:09  

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