quarta-feira, 24 de março de 2021

O último poema

Estou deitada ao fresco debaixo de uma árvore e diante de mim está um campo de erva dourada. Ao longe vejo uma sombra e o seu dono. Contraio os olhos, quero ver quem é, se é gente que eu conheço. E, olhem, não aguento em mim de espanto: Não é que sou eu que ali vou? Livre de correntes que, nunca existiram, do fardo, que nunca existiu, da dor, que nunca me pertenceu. Vejo agora que nos estamos a despedir, a minha sombra e eu, e vamos cantarolando qualquer coisa que me deixa feliz, enquanto caminhamos com passos bailarinos na direção do pôr do sol.

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