Sem nada de novo
Não quero crer que tenho a alma gémea
que os homens trazem pela mão.
Essa crença ou frustração,
Sufoco ou liberdade,
Doença vaga ou lucidez insana,
que se prega ao peito, cabeça,
coração,
ou nada…
e vem dizer com voz de ninguém “eu amo”.
Soltam-se uns versos a céu aberto,
canta-se a esse estado de alma,
prisão da mente, sufoco precipitado,
se em algum momento acreditou,
porque amou,
ou crê ter amado.
A um não sei quê que palavras não expressam
ou não servem para dizer…
Uma mistura homogénea disto e daquilo,
mão que cobre os olhos, os lábios,
num só bater de coração.
Mas sempre intemporal,
quer-se virgem, quer-se eterno,
esse amor nunca fantasiado.
Meus amigos, creio solenemente nunca ter amado!
Rita Oliveira
8.05.2012